sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Câmara da Guarda congela rendas sociais

Medida vai abranger cerca de 50 famílias carenciadas que vivem em casas da autarquia.
Em 2009, a Câmara da Guarda não vai aumentar as rendas das habitações sociais devido à crise. A decisão foi aprovada, por unanimidade, na última reunião do executivo e vai abranger cerca de 50 famílias carenciadas, já identificadas pelos serviços de Acção Social do município. «Atendendo à situação difícil que o país atravessa, com especial incidência nas pessoas com menores rendimentos, decidimos congelar as rendas sociais no ano em curso. O objectivo é não dificultar ainda mais a vida destas famílias», disse Virgílio Bento, vereador com o pelouro da Acção Social. Nesta área, a autarquia também decidiu aderir ao programa "Passe 4-18", lançado recentemente pelo Governo. A ideia é conceder aos alunos uma redução de 50 por no valor do passe usado nos transportes públicos. Estão abrangidos os títulos sociais, urbanos e intermodais, bastando aos beneficiários solicitar nas transportadoras que actuam no concelho da Guarda a adesão a este passe. «A medida não implica custos, apenas a adesão dos municípios, pois são os concessionantes dos transportes urbanos. O valor restante do passe será suportado directamente pelo Estado», explicou ao Jornal O Interior, o também vice-presidente da Câmara da Guarda. Ainda na área social, a edilidade vai avançar com a construção de mais habitação social e a custos controlados através do PROHABITA – Programa de Financiamento para Acesso à Habitação. O protocolo a celebrar com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) consiste na aquisição de casas novas e na compra e recuperação de imóveis degradados, nomeadamente no centro histórico, num total de 16 habitações. «São espaços que vamos arrendar depois a famílias carenciadas e casais jovens, porque o nosso objectivo é trazer gente para o "coração" da cidade», referiu Virgílio Bento. O valor total do investimento é de cerca de 792 mil euros, financiados em mais de 688 mil pelo IHRU a fundo perdido e através de um empréstimo bonificado. O restante terá que ser suportado pelo município.

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